Radioiodoterapia para diagnóstico
O radioiodo ou Iodo131 é Iodo radioativo que é usado para diagnóstico e para tratamento de doenças da tireoide. Como a tireoide capta mais de 90% do Iodo, em geral adquirido pela alimentação, a glândula terá avidez semelhante ao Iodo radioativo.
Basicamente, essa condição leva a dois usos para diagnóstico:
1) Uma pequena dose do Iodo radioativo é dada para fazer a cintilografia e mapeamento da tireoide; é um método praticamente em desuso hoje em dia e só serve para duas indicações: na vigência de nódulo associado com hipertireoidismo, para saber se é o nódulo que está produzindo o excesso de hormônios (doença de Plummer) ou se é a glândula como um todo (doença de Graves associada a nódulo); ou ainda para diferenciar a mesma doença de Graves (hipertireoidismo, em que a glândula capta muito Iodo) de fase inicial da tireoidite subaguda (em que os hormônios estão altos por liberação na circulação por lesão do processo inflamatório, ou seja, a produção de hormônios não está aumentada e a captação do Iodo é baixa ou normal)
2) Após o tratamento do carcinoma bem diferenciado da tireoide por meio da extirpação de toda a glândula (tireoidectomia total), pode realizar-se a pesquisa de corpo inteiro com o radioiodo. O paciente ingere o marcador e é feita uma leitura do corpo inteiro com a finalidade de identificar eventuais raízes (metástases), que pode acumular o Iodo, que aparecerá no exame. É importante lembrar que o Iodo será percebido no tubo digestivo, por ele passa fisiologicamente e é captado por certos órgãos, com as glândulas salivares, que também aparecerão no exame, sem significado de doença residual. Finalmente, sempre ocorre algum grau de captação cervical, ou seja, sempre resíduos da glândula serão notados pelo método no exato local de onde ela foi removida, sem necessariamente significar resto da doença. Outras captações, por exemplo, em linfonodos (ínguas) do pescoço e nos pulmões poderão significar a presença de metástases.
