Conheça os tipos de câncer de tireoide
Há quatro tipos principais de câncer de tireoide:
- Adenocarcinomas bem-diferenciados:
- a) Papilífero
- b) Folicular
- Medular
- Anaplásico
Vamos apresentar os principais aspectos de cada um deles:
CARCINOMA PAPILÍFERO
Responde por cerca de 85 a 90% de todos os cânceres da tireoide. Seu crescimento é lento e demora para produzir “raízes” (metástases). Mesmo assim, apresenta, muitas vezes, metástases nos linfonodos do pescoço. Apesar de ser considerado um câncer pouco agressivo, apresenta algumas variantes que fogem dessa regra, necessitando de atenção especial, como a colunar, células altas, difusa esclerosante e pouco diferenciado. As variantes mais comuns são a clássica e a variante folicular do carcinoma papilífero. O exame de punção aspirativa por agulha fina (PAAF), realizado quando há suspeita em face de um nódulo na glândula, permite fechar o diagnóstico na maioria dos casos, desde que seja conduzido por um patologista e um ultrassonografista experientes. O índice de cura fica acima dos 95%, sendo o prognóstico ainda melhor em pacientes com menos de 45 anos de idade.
CARCINOMA FOLICULAR
Também é bem diferenciado e responde por cerca de 10% dos cânceres da tireoide. Raramente emite metástase para linfonodos do pescoço, mas pode apresentar metástases à distância, principalmente para ossos e pulmões. O prognóstico também é bastante favorável. Uma dificuldade que existe, neste tipo, é concluir o diagnóstico quando da realização da PAAF. O laudo costuma revelar uma “neoplasia folicular” ou “lesão celular folicular” de significado indeterminado e, para definir se é uma hiperplasia ou adenoma (benignos) ou um carcinoma (maligno), impõe-se a operação. Para confirmar que é um carcinoma, deve-se encontrar invasão da cápsula ou de vaso, o que não pode ser aferido pela PAAF.
CARCINOMA MEDULAR
Representa cerca de 5% dos cânceres da glândula. Não é um verdadeiro câncer da tireoide, pois não se origina do tireócito (célula tireoidiana), mas sim das chamadas células C, que, apesar de localizarem-se dentro da tireoide, é uma célula neuro-endócrina. Esse câncer divide-se em esporádico (90%) e familiar (10%), daí a necessidade de investigação, para avaliar risco de evento em membros da família. Existe ainda a associação, em cerca de 10% dos casos, com outras neoplasias de origem endócrina, constituindo as chamadas “neoplasias endócrinas múltiplas”. A dosagem laboratorial da calcitonina e do antígeno cárcino-embrionário, no sangue, permite suspeitar do diagnóstico. Ao contrário dos carcinomas bem-diferenciados citados acima, o medular não capta o Iodo (pois não tem origem em célula tireoidiana), daí, não se indica complemento do tratamento com a radioiodoterapia. O tratamento é cirúrgico e, como é um tipo mais agressivo, muitas vezes, exige o esvaziamento cervical, além da tireoidectomia total.
CARCINOMA ANAPLÁSICO OU INDIFERENCIADO
Responde por 1 a 2% dos cânceres tireoidianos, ocorre principalmente após os 60 anos de idade e é muito agressivo e de difícil controle.
